PLURAL: ceder ou não ceder à pressão dos amigos

Redação do Diário

A coluna Plural desta quarta-feira traz textos sobre o tema Educação e gestão financeira. Os textos da Plural são publicados diariamente na edição impressa do Diário de Santa Maria. A Plural conta com 24 colunistas

Mateus FrozzaEconomista e professor universitário

Você sabia que algumas pessoas parecem ser viciadas em consumo? Eles ou elas acreditam que precisam comprar para ser feliz, ou para ter momentos de felicidades. Quanto mais consomem, mais querem consumir. Cuidado! Estas pessoas tendem a ficar endividadas e num curto período de tempo.

Pare para refletir sobre o que você considera essencial e o que é luxo ou supérfluo. Pense também sobre o que você considera necessidade ou desejo, lembrando que desejo é inconsciente e jamais poderá ser plenamente satisfeito. Esse exercício é muito importante porque a experiência tem mostrado que as pessoas mais influenciadas são as mais jovens e tendem a se endividar mais.

Você já passou por situação semelhante ao se sentir pressionado a gastar dinheiro com alguma coisa só para ficar na moda, sentir-se parte de um grupo e não ser único por fora? Hoje em dia pode-se dizer que vivemos uma “cultura de endividamento”. Os anúncios de empréstimos a toda hora, até nos caixas eletrônicos, quando vamos fazer um saque ou depósito. Constantemente somos abordados por pessoas nas ruas distribuindo papéis de empresas oferecendo empréstimos “em condições especiais”.

Há anúncios nos jornais, emissoras de rádio e televisão nos recomendando “não adiar nossos sonhos”. Com todo esse bombardeio, algumas pessoas acabam se sentido pressionas a pegar um empréstimo para conseguir “desfrutar da vida agora” ou simplesmente “acompanhar os outros”.

Não pensam com calma antes de contrair empréstimos e compram sem raciocinar se realmente precisam do produto. Se a família ou grupo social encara o endividamento como “normal”, fica ainda mais fácil cair nessa armadilha. No caso do grupo de referência (as pessoas que admira e queria imitar) for composto por pessoas com muito mais dinheiro do que você tem, pode piorar ainda mais a situação.

Estes comportamentos são refletidos, no colégio, faculdade e em grupos de amigos. O que costumo dizer em sala de aula é que cada pessoa tem que saber o tamanho de seu bolso e o quanto ele comporta. Então, não caia em oferta milagrosas, para simplesmente satisfazer alguém ou a alguma moda da temporada e jamais ceda à pressão dos amigos, aliás comece a questionar se estes realmente são seus verdadeiros amigos!

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